Seguidores e engajamento aumentam, mas cai o investimento das marcas em influencer marketing, segundo pesquisa da JeffreyGroup
Operíodo de isolamento social propôs um cenário mais restrito de lazer e entretenimento fora de casa e aumentou o tempo de consumo de conteúdo nos dispositivos. Como consequência para o mercado de influenciadores, o comportamento impulsionou o número de seguidores e o engajamento do público, mas esse boom não se refletiu em maiores investimentos por parte das marcas. Pelo menos, esse é o panorama mostrado em uma pesquisa feita com mais de 250 influenciadores digitais da América Latina pela área de Inteligência e Análise da agência JeffreyGroup.
O estudo abordou influenciadores de diversas áreas como entretenimento, games, estilo de vida, família, esportes, tecnologia, turismo e bem-estar. Entre os entrevistados, 75% relataram uma diminuição no envolvimento em ativações, e quase metade (47%) experimentaram quedas moderadas (maior que 15%) e expressivas (maior que 50%) em atividades envolvendo marcas. A maior parte dos influenciadores que relatou queda nas atividades aborda temáticas relacionadas com família, estilo de vida e entretenimento.
A pesquisa mostra que não apenas a demanda caiu, como também a verba das marcas para os trabalhos contratados. Aproximadamente dois terços dos influenciadores (66%) relataram reduções nos orçamentos das marcas, com 29% deles sofrendo reduções de mais de 50%. As áreas de tecnologia, entretenimento e família tiveram os maiores impactos neste caso. Em contrapartida, apesar da queda nas atividades e orçamentos das marcas, 54% dos entrevistados tiveram um aumento de público em suas contas e 58% maior engajamento em seus conteúdos.
O território de bem-estar foi o que teve o maior número de influenciadores com ganhos de seguidores (60%) e elevação do engajamento (67%). Um dos tópicos do estudo questionou ainda qual o tipo de conteúdo preferido pelo público nos últimos meses. Nesse sentido, 78% relataram que seus seguidores estão procurando por temáticas que estejam relacionados com a pandemia. No entanto, 87% deles concordam que as mensagens das marcas devem ser autênticas e empáticas em relação à situação atual e 92% confirmaram que seus seguidores querem se divertir e se sentir inspirados e bem informados.
Por fim, os entrevistados classificaram os maiores erros que as marcas cometem ao buscar engajamento por meio de influenciadores, sendo pela ordem do maior para o menor: tentar exercer muito controle sobre o conteúdo; ter expectativas irreais em relação às ações com os influenciadores; não ter objetivos claramente definidos para suas campanhas; e ter pouca ou nenhuma compreensão sobre o público.
Por: Meio & Mensagem
(Crédito: Mateus Campos Felipe/ Unsplash)
Crédito da imagem de topo: audioundwerbung/iStock