Plataformas criam novas soluções para manter investimento publicitário, mas 2021 ainda é incerto
o resultado financeiro de empresas donas de plataformas sociais comprovam que o investimento publicitário esteve on em 2020. Facebook, Snap, Pinterest divulgaram números de usuários, lucro e receita publicitária nas suas redes sociais junto com planos para novas soluções e atualizações, o que indica que as plataformas se esforçam para manter os anunciantes por perto.
Mesmo diante de um boicote massivo sofrido por grandes anunciantes em julho com o propósito de mostrar o comprometimento das marcas no combate aos discursos de ódio e à desinformação, a relevância do Facebook não caiu diante das agências e anunciantes.
Inclusive, a plataforma superou projeções de especialistas sobre sua receita, que foi de US$ 28,1 bilhões no último trimestre de 2020, 33% maior do que 2019. A expectativa de especialistas era de US$ 26,4 bilhões em receita. O lucro líquido aumentou 52% em relação à 2020, somando US$ 11,22 bilhões.
A receita do Pinterest no quarto trimestre cresceu 76% em relação ao trimestre anterior, resultando em US$ 705,6 milhões. O número também foi maior do que o projetado, que equivalia a US$ 645,7 milhões. O lucro de US$ 207,8 milhões no trimestre é uma grande virada do prejuízo de US$ 35,7 milhões no quarto trimestre de 2019.
A Snap Inc., dona do Snapchat, informou um prejuízo de US$ 113 milhões no quarto trimestre de 2020, 53% a menos do registrado em 2019. Por outro lado, a receita da empresa foi de US$ 911 milhões no último trimestre, aumento de 62%, e R$ 2,5 bilhões no ano, crescimento de 46% em relação a 2019.
Segundo a Socialbakers, o investimento das marcas em anúncios em mídias sociais cresceu 50,3% no último trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2019. Tal resultado é justificado pelo período de festas e datas comerciais importantes, como a Black Friday, mas o aumento do interesse dos anunciantes nas plataformas não ficou limitado ao último quarter de 2020. No segundo trimestre do ano, os investimentos globais das marcas em anúncios em mídias sociais aumentaram 26% em relação ao final do primeiro trimestre, quando os orçamentos dos anunciantes foram mais impactados. As plataformas também se beneficiaram com o aumento do custo por clique (CPR) em 35,6% durante o ano.
Alexandra Avelar, country manager da Socialbakers no Brasil, afirma que o início da pandemia no Brasil impactou na estratégias das marcas, que retraíram seus investimentos e ficaram reticentes de investir nas plataformas devido a incerteza da economia, mas esse movimento logo tomou uma direção contrária com o aumento e aceleração das ações em redes sociais.
Para a executiva, além da sazonalidade do último trimestre, o resultado expressivo do Q4 também inclui investimentos de marcas que não empregaram tanto do seu budget ao longo do ano e, impulsionadas pela sazonalidade, decidiram tentar recuperar um pouco das perdas econômicas e apostar em anúncios para convidar os consumidores. “Acredito que também coincidiu com uma melhora na pandemia e as empresas se tornando mais confiantes”, diz.
Futuro
Para 2021, as perspectivas das empresas divergem. O Facebook alertou para uma “incerteza significativa” nos dois primeiros trimestres de 2021 por conta de quedas nas receitas publicitárias ao longo da pandemia e pela nova atualização do sistema operacional da Apple, que deve ter novas ferramentas de publicidade e pode afetar na segmentação de anúncios.
Fonte: Meio & Mensagem
Por: Thais Monteiro
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